Gestor de Frota: Benção ou Maldição? Como ser referencial no Transporte

Gerente de Frota

 

Gestor de Frota é benção ou maldição em uma empresa de Transporte? O que vocês acham?

Nestes mais de 35 anos de aprendizado em processos de gestão de frotas, eu tenho me questionado sobre este assunto.

Claro que sei a resposta, mas acredito que a Alta Direção de muitas Empresas ainda duvidam, pelo fato de não darem a autonomia necessária, contribuindo para a desvalorização deste profissional.

O atual panorama do Segmento de Logística e Transporte tem consumido em muito às Empresas, principalmente quando se trata de Redução de Custos e Aumento de Produtividade.

A grande preocupação quanto à sua sobrevivência neste concorrido mercado tem tirado o gestor de frota do foco nos melhores resultados

Função: Analista

A função de analisar os números provenientes dos indicadores de desempenho do setor para tomar decisões acertadas, atualmente, não vem sendo praticada pela maioria dos gerentes no Transporte.

Eles trocam as análises de dados pela digitação de informações, o acompanhamento in loco das atividades diárias pela permanência constante em frente ao computador.

Não conseguem implementar nenhuma ação de melhoria neste processo por pura falta de Tempo, realçando assim o famoso ditado ” O Gado só Engorda Aos Olhos do Dono”.

Quando destaco a palavra “Olhos”  é para deixar bem claro o conceito de Visão a Longo Prazo que este profissional precisa ter.

É imprescindível que o gestor de frota crie estratégias para o alcance dos Melhores Resultados, com o uso de métodos simples e objetivos, com informações precisas para tomar decisões rápidas.

Função: Planejador

O Gestor de Frota deve participar do Planejamento de Aquisição de Veículos, se posicionando quanto a escolha do produto mais indicado para a empresa.

Além disso, é obrigatório que este gerente crie uma rede de fornecedores para atendimento nos locais percorrido pela frota, realizando auditorias periódicas para confirmar a qualidade nos serviços .

Capacitar os colaboradores da equipe implica serviços qualificados, custos mínimos, veículos à disposição <=> PRODUTIVIDADE.

“Para planejar é necessário entender, para entender precisa conhecer e para conhecer precisa se capacitar”.

Para um gestor de frota, conhecer os “bastidores” da Empresa é primordial para o alcance dos objetivos. 

Ao interagir com todos os outros Departamentos, o gestor de frota conhecerá os principais atalhos para obter os recursos com maior urgência.

Ele precisa ter em mente que “Veículo parado não gera Faturamento”.

Função: Estrategista

Como responsável, o gestor de frota deve analisar criteriosamente os indicadores do setor, minimizando o número de não-conformidades para buscar os resultados previstos.

Montar um plano de ação que contemple a atuação de condutores, uso de veículos e produtividade da equipe de colaboradores é a melhor estratégia de atuação.

Destaco como fator de maior importância também, obter os recursos destinados para a manutenção da frota, usando-os de forma adequada e técnica.

Função: Mantenedor

No Segmento Logístico, o gestor de frota é tratado como “Patinho Feio“, sempre questionado em suas atividades e considerado como ” O MAIOR GASTADOR” na Empresa.

Atenção Gestores, precisamos mudar este conceito!!!!!!!!

Sua tarefa principal é o cuidado com a frota em virtude do seu cliente muito exigente chamado OPERAÇÃO, que vive correndo atrás dos equipamentos.

Cabe ao gestor de frota conhecer antecipadamente às necessidades deste seu cliente para melhor atendê-lo, ou seja, agir preventivamente,

Função: Facilitador

O Gestor deve agir como um facilitador no processo de MANUTENÇÃO, acompanhando atentamente o fluxo deste processo, contribuindo para a maximização no uso dos veículos.

Como foi dito anteriormente, o gestor precisa ter os recursos para manter os veículos, um quadro de colaboradores motivados, com conhecimento técnico e capazes para liberar a frota no MELHOR TEMPO.

Aliás, MANUTENÇÃO é Questão de TEMPO, tem hora para começar e para terminar, respeitando a programação pré acordada com a OPERAÇÃO.

“MANUTENÇÃO e OPERAÇÃO não são INIMIGOS e sim PARCEIROS”

Se cada um puxar a corda para o seu lado, pode gerar interferência nos negócios da Empresa, pois o cliente não vai receber o seu produto como prometido.

Sem entrega não há RECEITA, sem RECEITA não há SALÁRIOS, fato que prejudicará os dois setores.

Portanto gestor de frota, seja presença constante na oficina, pois frota à disposição implica em RENTABILIDADE ; é que Empresa tanto procura.

E tem mais, a “MANUTENÇÃO PODE CONSERTAR MAL, MAS ELA NÃO QUEBRA O CAMINHÃO”.

Função: Renovador

Ao analisarmos os indicadores de desempenho do setor, comparando com o padrão de Excelência Operacional, podemos definir quais veículos atendem às expectativas empresariais previstas, separando os menos produtivos.

No caso da frota improdutiva, é correto realizar investimentos para colocá-la em condição?

Chamamos de Ponto Ótimo de Renovação, quando temos o menor custo médio anual na curva do gráfico do Custo Anual Uniforme Equivalente.

Este gráfico é construído com informações de Depreciação, Manutenção e Financeiras, que permite apontar o melhor ano para renovar a frota de veículos.

Conclusão

A tarefa do gestor de frota neste processo nunca termina; ele precisa acompanhar os seus veículos constantemente, analisando as informações confiáveis e “TOMAR AS DECISÕES CERTAS”.

Caro gestor, a bola agora está contigo; seja comprometido, demonstrando tranquilidade e honestidade.

Agora, a pergunta que não quer calar: Gestor de Frota é BENÇÃO ou MALDIÇÃO?

 

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6 Comentários

  • Sandra Batista de Carvalho Responder

    Gostei muito da Analogia e das dicas.
    Parabéns.

    • Laércio Rodrigues Responder

      Sandra obrigado por suas palavras.

      Acompanhe nossos trabalhos e conte com o nosso apoio

      • Rogério Mendonça Responder

        A análise dos dados, O tempo aplicado na elaboração de ações e entender, trazer para seu lado a parte mais importante da empresa que é o colaborador, é de suma importância.

        • Laércio Rodrigues Responder

          Rogério um bom time começa com um bom técnico, que conhece as características técnicas do elenco, encaixando-os no local adequado.

          Assim, quando sabemos, conhecemos e fazemos, os resultados aparecem com maior rapidez.

          • Cleilson Rodrigues Idelfoncio

            Sempre acertivo e preciso em suas colocações. Parabéns professor Laércio, nos gestores, gerentes e diretores agradecemos e aguardamos ansiosos por novos conteúdos com dicas e treinamentos que só a JL Rodrigues nos proporciona.

          • Laércio Rodrigues

            Cleilson fico grato por suas colocações. Compartilhar experiências é o modo mais fácil de aprendizado.

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